Internautas não acreditam na efetividade da Lei Carolina Dieckmann

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Internautas não acreditam na efetividade da Lei Carolina Dieckmann

Maioria dos participantes de uma pesquisa realizada pela Fecomercio - SP conhece a lei, contudo, ainda há descrença da população sobre a sua aplicabilidade.

 

A maioria dos usuários da internet (86,2%) na cidade de São Paulo considera que a Lei n° 12.737/2012, popularmente conhecida como "Lei Carolina Dieckmann", não será suficiente para o combate aos crimes virtuais. A lei alterou o Código Penal para tipificar como infrações os delitos digitais e foi popularmente conhecida pelo fato da atriz brasileira ter sido alvo de uma invasão em seu computador pessoal, tendo suas fotos divulgadas na internet. Do total de entrevistados, 62,3% conhecem a respectiva lei, contudo, ainda há descrença da população sobre a sua aplicabilidade.

Os dados são da 6ª edição da pesquisa "O Comportamento dos Usuários na Internet", realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Realizada no mês de maio, a pesquisa questionou 1 mil entrevistados no município de São Paulo. Os resultados foram apresentados nesta segunda-feira, 4/8, durante o VI Congresso Fecomercio de Crimes Eletrônicos e Formas de Proteção, realizado pelo Conselho de Tecnologia da Informação da FecomercioSP.

O questionário, composto por 25 perguntas, buscou entender os hábitos dos internautas sobre compras online, a influência da propaganda na web, o uso das redes sociais, as ocorrências de crimes eletrônicos, o arquivamento e a utilização de dados pessoais de usuários por empresas, os usos de aplicativos e de dispositivos pessoais no trabalho e o aproveitamento de ferramentas tecnológicas para proteção de dispositivos.

Nesta edição, a pesquisa traz novas questões que abrangem os fatores de influência na efetivação de uma compra pela internet, o valor médio das compras e os principais meios de pagamento utilizados. Outra novidade do levantamento é o tempo médio em que os usuários permanecem conectados nas redes sociais.

E-Commerce
Com relação às compras pela internet, 58,6% dos entrevistados confirmaram já ter adquirido bens via e-commerce. O resultado é maior se comparado com o ano passado, quando 55,9% disseram adquirir bens na web. Dentre os usuários que fazem compras pela internet, a praticidade é o maior atrativo , indicada por 55,5% dos entrevistados. Como principal meio de pagamento, o cartão de crédito com o valor parcelado foi indicado por 57,4% dos entrevistados.

Não por acaso, a clonagem do cartão e a compra em falsos sites de com'ercio eletr^onico são os principais crimes que vitimaram os brasileiros. Quatro em cada cinco pessoas (80,8%) temem ser vítimas de fraude e ataque digital. No ano passado, esse temor era mais presente, citado por 86,4%.

Apenas 65,6% utilizam softwares para evitar a captura de senhas ou fraudes e invasões aos computadores.

Redes Sociais

A maior parte dos internautas paulistanos utiliza redes sociais (87,8%). O índice á maior que o  registrado em 2013 (84,1%). A mais acessada continua a ser o Facebook (98,1%), seguida pelo Twitter (14,1%) e pelo Instagram (12,8%). As três mídias sociais registraram alta em relação ao ano passado.

É notório o crescimento da utilização do Facebook, em 2013 o levantamento registrou 96,8% de adeptos. Em 2010, correspondia a 24%. As mulheres lideram o ranking de acesso e representam 91,9%, contra 83,6% entre os homens. Todos os níveis de escolaridade registraram uma grande participação nas redes sociais. A média de acesso diário é de até uma hora (40,3%).

Dispositivos Pessoais

A pesquisa identificou que a maioria (54,7%) usa seus dispositivos pessoais (computador, tablet ou celular) no ambiente de trabalho, sendo que 35,9% dos entrevistados levam dados ou informações da empresa nos seus aparelhos. No ano passado, 29,8% informaram manter as informações em seus dispositivos.

Crimes virtuais

A quantidade de pessoas que já foram vítimas ou tiveram alguém da família prejudicado por algum crime digital se manteve estável, passando de 17,9% no ano passado para 18% nesse ano.

Sobre a guarda de registros de acesso para o auxílio de eventuais investigações de crimes eletrônicos, três em cada quatro internautas afirmaram que os sites devem armazenar as informações. Contudo, apenas 30,4% afirmaram confiar na guarda desses registros.

Outro ponto relevante é que 66,6% dos entrevistados afirmaram que não costumam ler integralmente os contratos ou "termos de uso" dos sites e redes sociais que utilizam.

Segurança


Questionados sobre o receio de fraudes e ataques de hackers em dispositivos pessoais, 80,8% dos entrevistados afirmaram temer a ocorrência. Contudo, 34,4% da amostra disseram não utilizar nenhum tipo de ferramenta tecnológica para evitar a captação de senhas, fraudes ou invasões de computadores.

 

 

Fonte: IDGNOW!